Facilidades perigosas e mudanças de atitudes


Facilidades perigosas e mudanças de atitudes - Por Bere Adams



É de impressionar a diversidade de mercadorias que foram criadas para, ilusoriamente, facilitar a nossa vida, e que estão à nossa disposição, distribuídas metodicamente em prateleiras de supermercados e nos mais variados pontos de comércio que nos circundam. Destaco o sentido ilusório, pois a maioria destas mercadorias existe para alimentar o sistema capitalista que, literalmente, atropela e compromete toda qualidade de vida do Planeta.

Pensando sobre isto é inevitável não lembrar de como eram as coisas até há pouco tempo. Na alimentação não existiam as "facilidades" de, por exemplo, alimentos industrializados e tele-entregas – não só de alimentos, mas também de diferentes tipos de mercadorias. No vestuário, não havia roupas prontas de confecções industrializadas.

Com o passar do tempo, as invencionices vão aumentando rapidamente e a elas vamos nos acostumando, ao ponto de nos tornarmos completamente dependentes delas.

Apesar de a humanidade ter aumentado, nos últimos anos, a longevidade, a qualidade de vida deixa a desejar quando constatamos serem raras as pessoas adultas ou de idade mais avançada que não necessitam de medicações diárias para controlar os malefícios que os maus hábitos (muitos deles oferecidos por estas tais facilidades), promovem como: pressão alta, diabetes, colesterol alto, insônia, depressão, entre outros descontroles da saúde humana atual. É o que aponta uma pesquisa do Instituto de Métrica e Avaliação em Saúde e Universidade de Washington, (USA), que avaliou a população de 180 países. A pesquisa conclui: “A longevidade da população mundial aumentou, mas ela está vivendo cada vez mais doente”. E não é por acaso que os quadros de depressão aumentam em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, são mais de 350 milhões de pessoas afetadas.

Então, do que adianta uma maior longevidade, se finalizamos a nossa jornada aqui na Terra sem qualidade de vida? Já não está mais do que na hora de uma ampla e geral mudança em nossas atitudes, a começar por não cairmos na tentação destas ditas facilidades, que colocam a qualidade de vida em risco?

Atualmente muitas pessoas se questionam sobre como efetivar as mudanças necessárias para uma melhor qualidade de vida, porém, algumas esperam por receitas prontas, como bem ilustra os questionamentos desta frase de Caio Fernando de Abreu: “Você tem alguma receita pra gente mudar de vida? E pra tomar decisões? E para mudar de personalidade? E para flagrar-se? E para pagar o karma em suaves prestações? E pra desorientação aguda, você tem? Se tiver, me passa que eu preciso”.

Não existem receitas prontas ou universais para mudanças, mas existem muitas pessoas que optaram pela mudança, melhoraram suas vidas e hoje se dedicam a projetos motivando as pessoas a realizarem as necessárias mudanças de atitudes. Um deles, que posso citar e indicar por conhecer pessoas envolvidas, é o Projeto Atittuti. O projeto se desenvolve através de vídeos que compartilham reflexões, bate-papos, comentários e questionamentos, que nos incentivam a promover mudanças que muito vão contribuir para uma vida mais consciente e equilibrada. O projeto está há disposição em várias plataformas, e pode ser acessado, também, pela rede social Face Book.



“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos”.(Eduardo Galeano)

Link para o Projeto Atitutti: https://www.facebook.com/atitutti/?pnref=story



Data da publicação: 10/04/2017

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